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Ano Bom
Ano Bom é uma pequena ilha e província da Guiné Equatorial, localizada no Atlântico Sul, a 350 km da costa oeste do continente africano e 180 km a sudoeste da ilha de São Tomé São Tomé e Príncipe. O território mede aproximadamente 6,4 km comprimento por 3,2 km largura, com área superficial total de 17,5 km². A população da ilha é determinada em 5.008 pessoas. As atividades econômicas principais são a pesca e extração de madeira.
A ilha constitui a pequena Província de Annobón, uma das sete províncias da Guiné Equatorial. Sua capital é a cidade de San Antonio de Palé português moderno, Santo Antônio da Praia, ao norte. Todas as outras localidades da ilha são nomeadas San Antonio. A vida é calma e os navios normalmente atracam para comprar água e alimentos frescos abundantes. No entanto, não há serviço regular de transporte marítimo para o resto do país, e o trânsito de embarcações é muito pequeno. O gentílico local é anobonense.
A ilha surgiu sobre o mar há mais de 4,8 milhões de anos, com a atividade de um vulcão extinto há 100 mil anos. O Pico Quioveo é o seu ponto mais alto com 598 metros acima do nível do mar. O território é caracterizado pela fertilidade do solo e pelos belos vales e montanhas íngremes, cobertos por bosques de vegetação exuberante. Possui um lago Lago A Pot que se acredita ser a cratera central do antigo vulcão, com pequenas ilhas rochosas.
A ilha foi descoberta por exploradores portugueses sob comando de Fernão do Pó a caminho das Índias, em 1º de janeiro de 1473, daí o nome Ano Bom. Era uma ilha desabitada até o início da colonização em 1474, com africanos de Angola. Em 1778, o seu domínio foi transferido para a Espanha, juntamente com o domínio da ilha de Fernando Pó atual Bioko e toda a costa da Guiné, em troca de territórios espanhóis no novo mundo. Enquanto a Espanha visava ampliar seu território em solo africano, Portugal desejava ampliar o seu domínio nas ricas terras de “Novo Portugal” atual Brasil. A colônia formada pela Espanha foi posteriormente chamada de Guiné Espanhola.
A população opôs-se ao novo governo espanhol. Os nativos revoltaram contra seus novos comandantes e instalou-se uma anarquia. Posteriormente, em comum acordo, a ilha passou a ser administrada por um bureau com cinco nativos, no cargo de governador. Até o fim do século XIX a autoridade espanhola terminou restabelecida e a ilha tornou-se parte da Colônia de Elobey, Annobon, e Corisco. Em 1909 a guiné continental e todas as ilhas passaram a formar os Territorios Españoles del Golfo de Guinea ou Guinea Española.
Em 1968, a Guiné Espanhola emancipou-se de Espanha, formando o Estado da Guiné Equatorial. Durante o governo de Francisco Macías Nguema a ilha passou a ser chamada Pigalu ou Pagalu em português, papagaio, que é o nome pelo qual é conhecida em Português.
O isolamento geográfico da ilha muito distante do continente ao qual pertence e a proximidade de São Tomé e Príncipe que está a menos da metade da distância até a capital foram fatores determinantes para a preservação dos laços culturais com Portugal.
Flora
Geograficamente esta pequena ilha faz parte da costa do Gabão. Antes da colonização era desabitada e tinha uma grande diversidade biológica. Com a chegada do homem, iniciou-se a exploração ambiental. Da vegetação extraiam madeira para a produção dos cayucos português, canoa e outros artefatos; passou-se a caçar baleias-corcunda, baleias-bezerros, e outros cetáceos com arpões ao redor da ilha.
Atualmente, o Ojo Blanco de Annobon Zosterops griseovirescens e o Monarca del Paraíso de Annobon Terpsiphone smithii são espécies endêmicas de aves canoras, assim como o Pombo Malherbi Columba malherbii. Algumas espécies foram introduzidas pelo homem, como peixes, ratos, cães e gatos. A ilha não possuiu mamíferos predadores naturais. Há tubarões no mar circundante da ilha.
Língua e Português Medieval
O idioma oficial da ilha é o espanhol, assim como em toda Guiné Equatorial. Ainda assim, o espanhol é a segunda língua da população da ilha, sendo usado na indústria do turismo e ensinado às crianças para esse fim. O idioma usado de facto é o Fá d'Ambô, um idioma derivado do português e do crioulo antigos. O Fá d'Ambô é um patrimônio cultural imaterial lusófono de valor inestimável, uma vez que preserva as características originais da língua-mãe. Devido ao isolamento geográfico e a não influência dos meios de comunicação, tais como jornais, TVs e rádios, estima-se que a população anobonense fale como falavam os primeiros habitantes da ilha, seus antepassados medievais.
Questão
A revista alemã Der Spiegel, em sua edição de 28 de agosto de 2006, afirmou que o governo da Guiné Equatorial estaria utilizando o território da ilha de Ano Bom como local para a deposição de lixo nuclear em troca de dinheiro, e que o assunto é terminantemente proibido, passível de prisão e tortura por parte da ditadura que vive o país.
Petróleo
O Golfo da Guiné, como é conhecida a plataforma continental marítima da região costeira, produz grande quantidade de petróleo, que representa pouco mais de 80% da economia da Guiné Equatorial. Estima-se que no mar territorial de São Tomé e Príncipe haja aproximadamente 34 bilhões de barris de petróleos para serem explorados, e a Guiné Equatorial reivindica poder explorar petróleo numa área circundante de Ano Bom bem maior que todo o território continental e mar territorial do país.
Curiosidades
A ilha, cujo nome oficial atual é Annobón, seguindo o idioma do país, é um paraíso perdido no meio do oceano. Não há água corrente, eletricidade, televisores, refrigeradores, nem hotéis e nem transporte regular. Os alimentos básicos são a yuca e o pescado. Aos visitantes é oferecido arroz importado. Além da pesca, a população mantém-se através da agricultura de subsistência nas zonas de cultivo do litoral. Cada família anobonense possui e cultiva uma plantação, obedecendo a um regime comunitário, em cooperativismo. São produzidos pela agricultura anobonense: Palmas, palmeiras, fruta-pão, bananas, mamão, manga, laranja, tamarindo, tomate, pepino, melão, batatas, cana-de-açúcar, tabaco, e muitas outras plantas de valor para o homem da ilha. É muito tradicional possuir grandes jardins com muitas flores.
EXTRAÍDO DA WIKIPÉDIA