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Forte de Santa Cruz da Horta
O Forte de Santa Cruz da Horta, também designado como Castelo de Santa Cruz, localiza-se na cidade, freguesia e concelho de Horta, na ilha do Faial, nos Açores.
Erguido junto ao antigo cais de desembarque, no atual centro histórico da cidade, constituía-se na principal fortificação da ilha, cruzando fogos com o Forte do Bom Jesus - à sua esquerda, sobre a praia, próximo à ribeira da Conceição -, e com o Forte de Nossa Senhora da Guia Forte da Greta, na encosta do monte de Nossa Senhora da Guia, atualmente em ruínas, que defendia o acesso à baía pelo lado sul.
História
Antecedentes
O estudo para a defesa das ilhas do arquipélago dos Açores, contra os assaltos de piratas e corsários, atraídos pelas riquezas das embarcações que aí aportavam, oriundas da África, da Índia e do Brasil, iniciou-se em meados do século XVI, a cargo do Engenheiro Militar Bartolomeu Ferraz. No seu plano para a fortificação dos Açores, apresentado à Coroa Portuguesa em 1543, informou que as ilhas de São Miguel, da Terceira, de São Jorge, do Faial e do Pico estavam mais vulneráveis aos ataques de corsários e de hereges protestantes, e que os seus portos e vilas necessitavam de melhores condições de segurança. E justificou:
- porque as ilhas terceiras importarão muito assy pelo que per ssy valem como por serem o velhacoute e socorro muy principal das naos da Índia e os franceses sserem tão dessarrozoados que justo vel injusto tomão tudo que podem.
Sob os reinados de D. João III 1521-1557 e de D. Sebastião 1568-1578, foram expedidos novos Regimentos, reformulando o sistema defensivo da região, destacando-se a visita do arquitecto militar italiano Tommaso Benedetto, ao arquipélago, em 1567, para orientar a sua fortificação. Este profissional compreendeu que, vindo o inimigo forçosamente pelo mar, a defesa deveria concentrar-se nos portos e ancoradouros, guarnecidos pelas populações locais sob a responsabilidade dos respectivos concelhos.
O forte seiscentista
Denominado primitivamente como Forte de Santo António, remonta às providências tomadas durante a regência do Cardeal D. Henrique para a defesa do Arquipélago. Tendo Benedetto visitado a ilha em 1567, esboçou o projecto de construção deste forte, assim como o da criação de uma Companhia de Artilheiros para o guarnecer. Acredita-se que os trabalhos não devam ter se demorado a iniciar, uma vez que uma Provisão Régia datada de 1572 determinou ao director das Obras Públicas, Luís Gonçalves, visitar as ilhas do Faial e de São Jorge para tomar as diligências necessárias à continuação das obras de fortificação destas ilhas, que se encontravam interrompidas. Do mesmo modo, foi organizado o Corpo de Ordenanças e activado o trabalho de fortificação.
A Dinastia Filipina
Assim como se registou na Terceira, de acordo com informação do historiador António Macedo 1981, a previsão de um ataque espanhol à Terceira e ilhas a ela subordinadas após a batalha da Salga 1581, conduziu ao reforço do efectivo militar e da fortificação da costa do Faial, reparando-se as defesas existentes e erguendo-se novas fortificações.
Com a sujeição da Terceira em 1583, o Forte de Santa Cruz obstou o desembarque na Horta da armada espanhola sob o comando de D. Pedro de Toledo, levando-o a desembarcar no sítio do Pasteleiro. Após escaramuças, o Capitão-mor do Faial, António Guedes de Sousa, foi executado às portas do forte.
Tendo a guarnição espanhola aí deixada após a conquista sido recolhida à Terceira, a pedido dos habitantes da Horta que se queixavam de que a não podiam sustentar nem alojar, que haviam se oferecido para a defesa da ilha, em 6 de Setembro de 1589 uma armada inglesa, sob o comando de Sir George Clifford, conde de Cumberland, chegou à ilha, onde apresou uma nau da Índia e outras sete embarcações no porto e atacou a vila, que foi saqueada após a fuga da população para o interior da ilha. Quando conquistaram o forte este era defendido por apenas sete soldados, o vigário e os capitães Gaspar Dutra, Tomás Porrás, Domingos Fernandes e João Francisco. Os corsários levaram todas as peças de artilharia que encontram na ilha - excepto duas que não viram em Porto Pim, e incendiaram as edificações de serviço no Forte de Santa Cruz.
Reparado, mas insuficientemente artilhado, pouco pode fazer além de afastar o desembarque para longe do seu fogo quando anos mais tarde, em Agosto de 1597, Sir Walter Raleigh, da armada sob o comando de Robert Devereux, 2º conde de Essex, saqueou e incendiou a Horta.
Da Restauração da Independência Portuguesa aos nossos dias
A partir de 1650 e até finais da segunda década do século XX, o forte serviu como quartel da tropa de linha da guarnição da Horta.
Uma inscrição epigráfica no seu Portão de Armas informa:
- "Este corpo de guarda e mais obra se fês em 9bro de 1709 – á ordem de Ant.o do Couto Castel-B.co – Cavall.o prof.o na ordem de XP.to – e Com.dor do Secho amarélo – Na ordem de S. Bento de Avis – Alcade mór de S. Tiago de Casem. – Na ordem de S. Iago da Espada. – S.or de 4 morgados, sendo um o de seu apelido de que é Xéfe – M.tre de campo que foi d'infant.ia – e Gov.or das cidades de Placencia & Salamanca em Castella a velha – & Campilho d’Altigoi da Mancha em Castella a nova. – A Praça de Bocayrente em o Reyno de Valença, - Brigadier nos exercitos de Portugal, a cujo cargo esta a inspectaçam d'estas ilhas dos Assores por Sua Magestade que Ds. G.de."
No contexto da Guerra Civil Portuguesa 1828-1834 foi tomado pelas forças leais a D. Pedro IV.
O imóvel do forte foi cedido à Câmara Municipal da Horta em 1927, para ser demolido, permitindo com isso o prolongamento da avenida litoral então em projecto. A falta de recursos, entretanto, impediu a implantação do projecto.
Encontra-se classificado como Monumento Nacional pelo Decreto-Lei nº 36.383, de 28 de Junho de 1947. Posteriormente veio a ser requalificado como pousada pela rede Pousadas de Portugal, com projeto do arquiteto Alberto Cruz, da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais DGEMN, inaugurada a 9 de Agosto de 1969. Os críticos do projeto sustentam que a construção de um edifício em seu terrapleno descaracterizou o conjunto. Do sistema defensivo original apenas restam as muralhas exteriores
Características
O forte apresenta planta pentagonal, com uma área de 36,5 decâmetros quadrados. Na sua construção foram empregues o basalto e o tufo vulcânico, este último nomeadamente na parte superior, abrangendo ameias e guaritas.
Na praça de armas foi edificada a Ermida de Santo António que apresenta uma belíssima coleção de azulejos policromados em tons de azul e branco.
O seu alçado pelo lado de terra é abaluartado, em cantaria, nele estando rasgado o Portão de Armas; pelo lado do mar foi aproveitada uma restinga que lhe serviu como alicerce, apresentando a forma de um redente flanqueado, erguido em alvenaria grossa semi-facetada. Por este lado, o acesso ao mar é feito através de uma poterna. As muralhas a norte e a sul foram erguidas em cantaria.
Contava com vinte e uma peças de artilharia na bateria baixa ou rasante. As muralhas eram providas de banquetas para a fuzilaria.
Possuía, no plano inferior e no corpo abaluartado voltado para terra, as dependências de serviço: Casa do Comando, Quartel da Tropa, Paiol, Armazéns, Calabouço, Cozinha e Capela, esta última erguida no século XVII sob a invocação de Santo António.
Fonte Wikipédia