- CASTELOS E FORTALEZAS
- LUIS DE CAMÕES
- HISTÓRIA DA PESCA
- HISTORIADORES
- CATASTROFES
- PINT PORTUGUESES
- CASTELOS PORTUGAL
- CASTELO BRANCO
- CASTRO MARIM
- CASTELO MONSANTO
- CAST.DE ARRAIOLOS
- CASTELO DE ÁLCÁCER
- SANTIAGO DO CACÉM
- CASTELO DE OURÉM
- CASTELO DO SABUGAL
- CASTELO DE LAMEGO
- CASTELO ABRANTES
- CASTELO DE SILVES
- CASTELO DE MERTOLA
- CASTELO DE CHAVES
- CAST DE PORTALEGRE
- CASTELO DE POMBAL
- CAST DE BRAGANÇA
- CASTELO DE BELMONTE
- VILA DA FEIRA
- CASTELO DE ESTREMOZ
- CASTELO DE BEJA
- CASTELO ALMOUROL
- CAST.MONT. O VELHO
- CASTELO DE PENELA
- CASTELO DE MARVÃO
- CASTELO DE ÓBIDOS
- CASTELO DE LEIRIA
- CASTELO DE S.JORGE
- CASTELO DOS MOUROS
- CASTELO DE ELVAS
- CASTELO DE LAGOS
- CASTELO DE VIDE
- CASTELO DE SORTELHA
- CASTELO DE ALTER
- TORRES NOVAS
- CASTELO DE TAVIRA
- CASTELO SESIMBRA
- CASTELO DE ÉVORA
- CASTELO DE SANTARÉM
- CASTELO DE SERPA
- CASTELO DE TOMAR
- CASTELO DE MELGAÇO
- CASTELO DE COIMBRA
- CASTELO PORTO DE MÓS
- CASTELO DE PALMELA
- FORTALEZAS
- PRAÇA FORTE ALMEIDA
- FORTE STA CRUZ
- MURALHAS DO PORTO
- FORTE DAS FORMIGAS
- FORTE S.SEBASTIÃO
- FORTE S LOURENÇO
- FORTE DE SÃO FILIPE
- S.JULIÃO DA BARRA
- TORRE DE BELÉM
- FORTE DE PENICHE
- FORTE SÃO JOÃO DA FOZ
- FORTE DO QUEIJO
- SÃO TIAGO DA BARRA
- FORTE SÃO JOSÉ
- F.DE JUROMENHA
- FORTE DO OUTÃO
- FORTE DE SÃO BRÁS
- FORTE DO BUGIO
- MURALHAS DE VISEU
- FORTALEZA DE SAGRES
- FORTE DA GRAÇA
- FORTE MIGUEL ARCANJO
- FORTE SENH.DA GUIA
- FORTE DO PESSEGUEIRO
- FORTE DE SACAVÉM
- STO.ANTONIO BARRA
- SÃO TIAGO DO FUNCHAL
- FORTALEZA DO ILHÉU
- FORTE DAS MERCÊS
- REDUTO DA ALFANDEGA
- FORTE DE STA LUZIA
- PORTUGAL
- REINO DE PORTUGAL
- CRISE SUCESSÓRIA
- DINASTIA DE AVIZ
- DINASTIA FILIPINA
- QUESTÃO DINASTICA
- DINASTIA BORGONHA
- DINASTIA BRAGANÇA
- REINO DE LEÃO
- UNIÃO IBÉRICA
- COND PORTUCALENSE
- DITADURA MILITAR
- HISTÓRIA PORTUGAL
- INVASÃO ROMANA
- C.CONSTITUCIONAL
- REINO DO ALGARVE
- RECONQUISTA
- HIST.PENINS.IBÉRICA
- GUERRA COLONIAL
- HISPANIA
- HENRIQUE DE BORGONHA
- COMBOIOS DE PORTUGAL
- PALÁCIOS DE PORTUGAL
- REIS DE PORTUGAL
- D.AFONSO HENRIQUES
- D.SANCHO I
- D AFONSO II
- D.SANCHO II
- D.AFONSO III
- D.DINIS
- D.AFONSO IV
- D.PEDRO I
- D.FERNANDO
- D.JOÃO I
- D.DUARTE
- D.AFONSO V
- D.JOÃO II
- D.MANUEL I
- D.JOÃO III
- D.SEBASTIÃO
- D. HENRIQUE I
- D.FILIPE I
- D.FILIPE II
- D.FILIPE III
- D.JOÃO IV
- D.AFONSO VI
- D JOÃO V
- D.PEDRO II
- D.JOSÉ I
- D.MARIA I
- D.PEDRO III
- D.JOÃO VI
- D.PEDRO I DO BRASIL
- D.MARIA II
- D MIGUEL I
- D.PEDROV
- D.LUIS I
- D.CARLOS I
- D.MANUEL II
- DITADURA E OPOSIÇÃO
- PIDE
- OPOSIÇÃO Á DITADURA
- ROLÃO PRETO
- CAMPO DO TARRAFAL
- CAPELA DO RATO
- REVOL.DOS CRAVOS
- CADEIA DO ALJUBE
- REVIRALHISMO
- COMUNISMO
- CENS.EM PORTUGAL
- O ESTADO NOVO
- INTEGRALISMO
- CATARINA EUFÉMIA
- ALVARO CUNHAL
- FRANCISCO RODRIGUES
- PADRE ALBERTO NETO
- HENRIQUE GALVÃO
- MOVIMENTO SINDICALISTA
- O P.R.E.C EM CURSO
- 6 DE JUNHO DE 1975
- FILOS PORTUGUESES
- MOST. DE PORTUGAL
- NAV.E EXPLORADORES
- ESCRIT.E POETAS
- CESÁRIO VERDE
- TOMÁS GONZAGA
- ALVES REDOL
- LOPES DE MENDONÇA
- EÇA DE QUEIRÓS
- AFONSO L VIEIRA
- JOÃO DE DEUS
- FLORBELA ESPANCA
- MIGUEL TORGA
- BOCAGE
- FERNANDO NAMORA
- GIL VICENTE
- VITORINO NEMÉSIO
- FRANCISCO LEITÃO
- MIGUEL L ANDRADA
- FRANCISCO MELO
- FELICIANO CASTILHO
- CAMILO C. BRANCO
- IRENE LISBOA
- JORGE DE SENA
- ANTERO DE QUENTAL
- SOFIA MELO BREYNER
- ALMEIDA GARRET
- GUERRA JUNQUEIRO
- TIÓFILO BRAGA
- PINHEIRO CHAGAS
- FRANCISCO DE MIRANDA
- ALBERTO CAEIRO
- JOSÉ REGIO
- DESCOBRIMENTOS
- IGREJAS E CONVENTOS
- ACONTECIM.E LENDAS
- ORDENS RELIGIOSAS
- ORIG.PORTUGUESAS
- HISTÓRIAS MILITARES
- HIST M DE PORTUGAL
- H.MILITAR DO BRASIL
- BATALHA DE OURIQUE
- BATALHA DE TOLOSA
- CERCO DE LISBOA
- BATALHA VILA FRANCA
- GUERRA LARANJAS
- BATALHA SALADO
- CERCO DE ALMEIDA
- CORTES DE COIMBRA
- MONARQUIA DO NORTE
- HISTÓRIA MILITAR
- BATALHA DO SABUGAL
- BATALHA FUENTE ONORO
- BATALHA DE ALBUERA
- GUERRA RESTAURAÇÃO
- BATALHA DOS ATOLEIROS
- BATALHA DE MATAPÃO
- GUERRAS FERNANDINAS
- COMBATE DO CÔA
- VINHOS DE PORTUGAL
- HISTÓRIA DE CIDADES
- ARTE EM PORTUGAL
- PORTUGAL NO MUNDO
- RIOS E PONTES
- PORTUGUESES NOBRES
- PRÉ HISTÓRIA
- CULTURA VARIADA
- LITERAT PORTUGUESA
- MONARQUIA
- MARTIN MONIZ
- SALINAS DE RIO MAIOR
- HOSPIT.DONA LEONOR
- PINTURAS PORTUGAL
- AVIAD.DE PORTUGAL
- ALDEIAS HISTÓRICAS
- AZULEJO PORTUGUÊS
- RENASC EM PORTUGAL
- AQUED ÁGUAS LIVRES
- LINGUA PORTUGUESA
- MONTANHA DO PICO
- APARIÇÕES DE FÁTIMA
- GUILHERMINA SUGIA
- MILAGRE DO SOL
- ESTAÇÃO DE SÃO BENTO
- PANTEÃO DOS BRAGANÇAS
- SANTOS E BEATOS
- GOVERNAD DA INDIA
- FADOS E TOIROS
- POESIA E PROSA
- RAINHAS DE PORTUGAL
- ESTEFANIA JOSEFA
- MARIA LEOPOLDINA
- CARLOTA JOAQUINA
- MARIA FRANC SABOIA
- LEONOR TELES
- JOANA TRASTÂMARA
- MÉCIA LOPES DE HARO
- AMÉLIA DE ORLEÃES
- LEONOR DE AVIZ
- AMÉLIA AUGUSTA
- MARIA PIA DE SABOIA
- LUISA DE GUSMÃO
- BEATRIS DE PORTUGAL
- INÊS DE CASTRO
- MARIA VITÓRIA
- LEONOR DA AUSTRIA
- TERESA DE LEÃO
- RAINHA SANTA ISABEL
- FILIPA DE LENCASTRE
- MARIA ANA DE AUSTRIA
- MARIA SOFIA ISABEL
- SETIMA ARTE
- CURIOSIDADES
- OFICIAIS SUPERIORES
- PERS.DE PORTUGAL
- UNIVERSI. COIMBRA
- CONSELHEIROS REINO
- NOV.ACONTECIMENTOS
- REGENERAÇÃO
- REGICIDIO
- REVOL.28 DE MAIO
- CONSTITUIÇÃO
- INVAS NAPOLEÓNICAS
- CONV DE ÉVORAMONTE
- GUERRA CIVIL PORT.
- INTERREGNO
- COMBATE FOZ AROUCE
- ALCÁCER QUIBIR
- SUCESSÃO CASTELA
- CEUTA E DIU
- BATALHA DE ALVALADE
- BATALHA DE ROLIÇA
- BATALHA DO VIMEIRO
- BATALHA DO PORTO
- BATALHA DO BUÇACO
- CERCO DO PORTO
- BATALHA DE ALMOSTER
- GUERRA DOS CEM ANOS
- GUNGUNHANA
- OCUPAÇÃO FRANCESA
- PORTUGAL RECONQUISTA
- ÁFRICA
- RECONQ DE ANGOLA
- G LUSO-HOLANDESA
- REC.COLÓNAS PORT.
- HISTÓRIA DE ANGOLA
- GUERRA DE ANGOLA
- GUERRA MOÇAMBIQUE
- MOÇAMBIQUE
- HIST GUINÉ BISSAU
- CABO VERDE
- S.TOMÉ E PRINCIPE
- SÃO JORGE DA MINA
- FORTE DE MAPUTO
- PROVINCIA CABINDA
- GUINÉ BISSAU
- ANGOLA
- CAMI DE F BENGUELA
- ILHA DE MOÇAMBIQUE
- ALCACER -CEGUER
- ARZILA-MARROCOS
- AZAMOR
- BATALHA NAVAL GUINÉ
- CONQUISTA DE CEUTA
- CULTURA BRASILEIRA
- HISTÓRIA DO BRASIL
- PROCLA.DA REPÚBLICA
- INCONFID.MINEIRA
- REPUBLICA VELHA
- NOVA REPÚBLICA
- ERA VARGAS
- GUERRA DO PARAGUAI
- REVOLTA DA CHIBATA
- BANDEIRANTES
- GUER DOS EMBOABAS
- FLORIANO PEIXOTO
- FORÇA BRASILEIRA
- GUERRA DO PRATA
- REV.FILIPE SANTOS
- REVOL. FEDERALISTA
- CONFED.DO EQUADOR
- INTENT.COMUNISTA
- GUERRA CONTESTADO
- ORIGEM NOME BRASIL
- LUIS MARIA FILIPE
- HISTÓRIA DE FORTALEZA
- HISTÓRIA DO BRASIL I
- HISTÓRIA DO BRASIL II
- HISTÓRIA DO BRASIL III
- ISABEL DO BRASIL
- PEDRO II
- BRASIL E ALGARVES
- BRASIL COLONIA
- TRANSFER. DA CORTE
- HISTÓRIA CABRALINA
- IMIG PORT NO BRASIL
- QUESTÃO DINÁSTICA
- CAPITANIAS DO BRASIL
- GUE.INDEPENDENCIA
- MALD BRAGANÇAS
- INDEPEND DO BRASIL
- CONDE DE BOBADELA
- ABOLICIONISMO
- PEDRO AUGUSTO SAXE
- AUGUSTO LEOPOLDO
- PERIODIZAÇÃO BRASIL
- HISTÓRIA MINAS GERAIS
- HISTÓRIA RIO JANEIRO
- HISTÓRIA DO BRASIL IV
- VULCÃO DE IGUAÇU
- CRISTO REDENTOR
- HISTÓRIA EDUCAÇÃO
- QUINTA DA BOAVISTA
- OURO PRETO
- PAÇO IMPERIAL
- COLONIZ. DO BRASIL
- AQUEDUTO CARIOCA
- B.JESUS MATOSINHOS
- ALEIJADINHO
- IGRJ SÃO FRANCISCO
- CICLO DO OURO
- TIRADENTES
- REPUBLICA DA ESPADA
- ESTADO DO BRASIL
- BRASIL DIT. MILITAR
- HIST.ECON.DO BRASIL
- INVASÕES FRANCESAS
- BRASIL ESCRIT E POETAS
- ANDRÉ JOÃO ANTONIL
- JORGE AMADO
- CAMILO LIMA
- LIMA BARRETO
- JOSÉ BONIFÁCIO
- ALPHONSUS GUIMARAENS
- ÁLVARES DE AZEVEDO
- MARTINS PENA
- CLARICE LISPECTOR
- MÃE STELLA DE OXÓSSI
- LUIS GAMA
- XICO XAVIER
- MACHADO DE ASSIS
- MÁRIO DE ANDRADE
- CARLOS DRUMONDE
- MONTEIRO LOBATO
- VINICIOS DE MORAIS
- MARIANO DE OLIVEIRA
- OLAVO BILAC
- ORESTES BARBOSA
- FORTES DO BRASIL
- PERSONAG. MUNDIAIS
- MAOMÉ
- JESUS CRISTO
- NAP. BONAPARTE
- NICOLAU COPERNICO
- ADOLFO HITLER
- VLADIMIR LENIN
- NELSON MANDELA
- CONFÚCIO
- MOISÉS
- HOMERO
- FRANCISCO PIZARRO
- JÚLIO CESAR
- ARISTOTELES
- EUCLIDES
- IMP. JUSTINIANO
- ISABEL I INGLATERRA
- PAULO DE TARSO
- CESAR AUGUSTO
- ALEXANDRE O GRANDE
- THOMAS EDISON
- PAPA URBANO II
- MICHELANGELO
- SALOMÃO
- S.JOSÉ CARPINTEIRO
- PLATÃO
- MARIA MÃE DE JESUS
- CARLOS MAGNO
- EVA PERON
- MARTINHO LUTERO
- PINTOR EL GRECO
- Mahatma Gandhi
- PANDORA
- CHARLES DARWIN
- ZARATUSTRA
- CIENCIA E CIENTISTAS
- MUNDO CULTURAL
- CULTURA DE PORTUGAL
- CULTURA DA ALEMANHA
- CULTURA DA GRÉCIA
- CULTURA DO BRASIL
- CULTURA DA CHINA
- CULTURA ANGOLANA
- CULTURA DA FRANÇA
- CULTURA DA RUSSIA
- CULTURA DA ESPANHA
- CULTURA DA ITÁLIA
- CULTURA INGLESA
- CULTURA AMERICANA
- CULTURA DA INDIA
- CULTURA DO IRÃO
- CULTURA DE MACAU
- CULTURA DE ISRAEL
- CULTURA DA INDONÉSIA
- HISTÓRIA DAS ARTES
- MÚSICOS E CANTORES
- SANTA INQUISIÇÃO
- DEIXE SEU COMENTÁRIO
- CONTACTOS
Pedro José de Almeida Portugal
Pedro José de Almeida Portugal foi um nobre português. Deteve os títulos de 3.° Marquês de Alorna e 5.° Conde de Assumar.
Biografia
Família
Pedro era o único filho varão de D. João de Almeida Portugal, 2.° Marquês de Alorna, e de sua esposa Leonor de Lorena e Távora, cujos pais, Francisco de Assis de Távora e Leonor de Távora, e cujos irmãos Luís Bernardo e José Maria foram executados publicamente por ordem do rei D. José I, em 13 de janeiro de 1759. O episódio ficou conhecido na história como o Processo dos Távoras.
Após as execuções de seus avós e tios maternos, Pedro, não tendo ainda cinco anos de idade, ficou privado dos afetos de pai e de mãe, e foi entregue aos cuidados dos criados. Seu pai foi encarcerado no Forte da Junqueira e sua mãe e suas duas irmãs, Leonor e Maria Rita, mantidas presas no Convento do Chelas. Em 1777, com a morte de D. José I, sua sucessora, D. Maria I, subiu ao trono português e tomou o cuidado de dar liberdade aos presos do Estado. Assim, a família de Pedro foi restituída quando ele tinha vinte e três anos de idade.
Por ser filho do Marquês de Alorna, D. Pedro de Almeida Portugal recebeu para si o título de 5.° Conde de Assumar. Com a morte do pai, em junho de 1802, pôde herdar o marquesado de Alorna.
Carreira militar
Em 1797, D. Pedro de Almeida Portugal, já marechal de campo, foi nomeado por D. Maria I chefe da Legião de Tropas Ligeiras.
Com as proporções que tomara a Revolução Francesa, em 1799, começou a haver receios de que Portugal não pudesse evitar ser também invadido, e o então príncipe regente, D. João, conhecendo que seus exércitos estavam pouco habilitados para entrarem em batalha, encarregou o marquês de Alorna de apresentar as suas ideias sobre o modo de o organizar e disciplinar convenientemente. O general formulou o seu plano em memórias a que deu o título de Reflexões sobre o Sistema Económico do Exército.
Pouco tempo depois, perturbaram-se as as relações diplomáticas com a Espanha. Tratando o governo de se preparar para a guerra, Alorna teve o comando das tropas que se uniram na Beira. Em vão requisitou mais forças, dinheiro e recursos indispensáveis para a defesa; seus pedidos tiveram somente promessas em resposta. Então, valendo-se do seu próprio crédito, abasteceu Almeida, e com suas energias conseguiu fazer das rochas do Monsanto uma praça de guerra e construir, na Guarda, um forte com casamatas à prova de bomba. Além disso, fortificou a posição das Talhadas com três redutos e outros entrincheiramentos; pôs no castelo de Vila Velha um montão de pedras, em estado de se defender, levantando trincheiras; fez obras nos arredores de Sortelha e Celorico; criou um hospital no Fundão; estabeleceu, em Cardigos e Celoricos, armazéns para abastecimento das suas posições e com o fim do facilitar as comunicações para Abrantes, uma sofrível estrada, que ficou com o nome do "Estrada do Marquês de Alorna". Em paga de tantos serviços, o governa mandou-o servir como imediato do general Dorckar Dordaz, a quem deu o comando superior da província da Beira. Das medidas então infelizmente adotadas, resultou a perda de Arronches e Flor da Rosa, e finalmente a vergonhosa paz de Badajoz.
Governador de armas do Alentejo, quando da invasão de Junot foi seu ajudante Lecor que avisou a Corte de que os franceses estavam em Abrantes e não Salamanca. Junot, aliás, seria abraçado pela condessa da Ega, uma das filhas de sua irmã D. Leonor de Almeida. O prestigio de D. Pedro, de quem Junot escreveu a Napoleão: «O tenente general Marquês de Alorna ser-me-ia muito útil para esta organização a da Legião Portuguesa a ser mandada à França tomar parte na campanha napoleônica; é um homem de honra, cuja opinião positiva é que o maior bem q pode suceder ao seu país é estar na dependência da França. Uma palavra de Vossa Majestade o adquirirá indubitavelmente e poderá ser-nos muitissimo útil.»
Comandante do corpo de 9 mil soldados que partiu para Baiona em Abril de 1808 com seu criado João André Hilbreth que o servia desde 1791 e o teria abandonado em 1809 para ser criado em casa de pasto no Rossio.
No dia 1º do Dezembro do 1801, o governo nomeou uma grande comissão composta de vários generais, presidida pelo ministro da guerra, D. João de Almeida Melo e Castro, à qual foi incumbido o estudo das instituições militares e das reformas de que elas careciam. Alorna não teve entrada na comissão, sendo porém impossível deixar do ouvir a sua opinião num assunto em que era competente, foi-lhe enviado um aviso, em 17 de Abril do 1804, ordenando-lhe que desse o sou voto com individuação sobre o projeto que já estava elaborado, o que fez por escrito, declarando o plano proposto incompleto e censurando que se quisesse alterar o que a experiência tinha mostrado bom, só pelo deseja de fazer inovações.
Parece que Alorna ainda escreveu nessa época a seguinte obra: «Observações sobre a memoria do general Dumouriez acerca da defeza de Portugal, com o projecto de reorganisação do exercito no plano de defeza do paiz». Trabalho hoje perdido, do que não encontra copia alguma.
Alorna envolveu-se na conspiração que em 1805 se tramou, para tirar a regência ao príncipe D. João, que se deixava dominar pelo partido francês, e por esse motivo não partiu para o Rio do Janeiro a exercer o cargo do governador para que fora nomeado; mais tarde foi promovido a Tenente general, encarregado do governo das armas do Alentejo, onde estava no anuo de 1807. Do seu quartel general de Vila Viçosa transferiu-se para Elvas quando viu aproximar-se a guerra, tratou de reforçar a guarnição da praça o abastece-la de viveres, ordenou ao tenente coronel Carlos Frederico Lecor, seu ajudante de campo, que partisse a colher noticia das franceses, o que no caso deles terem invadido o nosso território, seguisse para Lisboa a avisar a príncipe, recomendando na passagem aos magistrados que cortassem as pontes e dificultassem por todos os modos a entrada das estrangeiros. O tenente-coronel Carlos Frederico Lecor, depois do desempenhar a sua missão, voltou a Elvas, com ordem do não pôr obstáculos à marcha das tropas do general Solano, e Alorna cumpriu as ordens do regente, que partindo para o Brasil salvava a monarquia e a dinastia de Bragança mas sobretudo a soberania portuguesa, não querendo ao mesmo tempo sujeitar o seu povo às agruras de uma resistência que naquele momento não podia ter êxito.
A conquista fora fácil aos franceses, mas para que pudessem manter o seu domínio, tornava-se urgente impossibilitar os meios de que os portugueses podiam dispor para recuperar a sua independência; para alcançar esse resultado, Junot, primeiro ajudante de campo de Napoleão, teve a ideia de dissolver o exército e afastar para longe os melhores soldados e os chefes mais conhecidos. Foi daqui que nasceu o licenciamento do exército e organizar-se a legião portuguesa em que entraram Gomes Freire de Andrade e Manuel Martins Pamplona, depois conde de Subserra, antigos subordinados de Alorna na sua Legião de Tropas Ligeiras, ficando o marquês com o comando geral.
A Legião Portuguesa foi, portanto, manifestamente criada por Junot para recrutar soldados para os exércitos franceses, mas também, e era esse o principal fim, afastar de Portugal, enviando-os ao centro das hostes napoleónicas, os homens mais perigosos, habituados à disciplina militar e a defenderem a bandeira portuguesa, cuja permanência poderia ser fatal aos invasores. Alorna saiu de Portugal com as forças do seu comando, na primavera de 1808, acompanhou-as até Burgos onde ficou doente, indo depois encontrá-las em Bayonne. Os franceses tomaram as precauções para que as notícias desfavoráveis não transpirassem, mas apesar dessas precauções, Alorna teve conhecimento da derrota de Dupont, nos campos de Bailen; diz-se, ainda que outras fontes o neguem,que chamou então ao seu quartel-general os comandantes dos corpos alojados nas proximidades, e propôs-lhes o regresso da legião a Portugal; os comandantes, porém, consideravam grande temeridade a marcha de tão pequena força pelo meio dos exércitos franceses, e o marquês teve de desistir da sua ideia, bem a seu pesar.
Napoleão, parecendo adivinhar aquele plano, ordenou que a legião se internasse mais em França e se aquartelasse em Grenoble. Em quanto as tropas portuguesas estiveram nesta cidade, o comando era exercido pelo general da divisão territorial e pelo inspector, ficando Alorna somente com o título de comandante, sem atribuições algumas, e assim se conservou até Março de 1809, em que indo a Paris, teve ordem de seguir para o quartel general do rei José Bonaparte, onde o detiveram até Junho de 1810, sem comando e afastado das tropas.
Preparava-se nesta época a terceira invasão contra Portugal, e Napoleão pensou que a presença de generais e fidalgos portugueses no exército poderia facilitar a realização de seu intento; Alorna recebeu então ordem de se apresentar em Salamanca ao general Massena, com o qual seguiu para a fronteira e entrou em Portugal. A regência de Lisboa, tendo conhecimento do fato, passou a portaria de 6 de setembro de 1810 exautorando Alorna, privando-o dos títulos, honras e dignidades e até do nome de português, oferecendo ao mesmo tempo mil moedas a quem, vivo ou morto, o apresentasse, além do perdão no caso de ser seu cúmplice no crime de traidor à pátria.
Seguiu-se depois um processe instaurado no juízo da inconfidência, em que o condenaram à morte em cadafalso alto no cais de Belém, sendo-lhe antes decepadas as mãos, devendo o cadafalso e o corpo serem reduzidos a cinzas e tudo lançado ao mar, concluindo ainda a sentença com a perda dos bens para o fisco, e autorizando qualquer do povo a dar a morte ao réu onde quer que o visse e reconhecesse ser o próprio. Massena, derrotado no Buçaco e não conseguindo transpor as chamadas Linhas de Torres Vedras que defendiam Lisboa, voltou para França, indo com ele Alorna, que em Março de 1812 foi encarregado de inspecionar as tropas da legião que se preparavam para a campanha da Rússia, seguindo depois com o regimento de cavalaria na retaguarda do exercito francês.
Chegando à Lituânia, Napoleão confiou-lhe o governo da praça de Mohilow, e aí se conservou até que o imperador se viu obrigado a recuar. Nas margens do Dnieper foi juntar-se aos restos do grande exercito, e acompanhando a retirada, chegou a Koenigsberg nos últimos dias de Dezembro de 1812, já muito doente, falecendo dias depois. Quando se verificou o enterro, já os cossacos estavam muito próximo, por isso se lhe não pode prestar as honras militares que lhe competiam. Exautorado das honras na pátria, e privado da última homenagem a que lhe dava direito a sua graduação, foi sepultado em terra estrangeira o Marquês de Alorna, que podia ter prestado serviços ao seu país, se o governo em 1808 tivesse, como era justo, exigido na convenção de Cintra o regresso da legião a Portugal. A irmã, Marquesa de Alorna, trabalhou 10 anos para reabilitar a sua memoria, e só então é que pode alcançar a sentença, que, atendendo à suposta pressão debaixo da qual o Marquês servia no exercito imperial e a dificuldade que teria em se evadir, o julgou sem culpa e reconheceu a iniquidade da sentença que o havia considerado traidor à pátria, quando fora a pátria que primeiro dele se esquecera com a mesma argumentação foram ilibados todos os que com Alorna tinham sido condenados.
Ofícios
Vedor honorário da Casa Real em verificação de vida concedida neste ofício por decreto de 6 de julho de 1793, oficial-mor honorário da Casa Real, Comendador da Ordem de Cristo, Grande Oficial da Legião de Honra da França. Foi governador de Armas da Província do Alentejo, comandante da Legião das Tropas Ligeiras, também conhecida por Legião Alorna; Tenente general do exército, distinto por seus talentos militares; governador militar da cidade de Mogilev, na Lituânia, Rússia. Oficial do exército, fez a campanha do Rossilhão e foi comandante da Legion Portugaise ao serviço de Napoleão sendo condenado à morte por alta traição em 1810, juntamente com outros militares e nobres portugueses posteriormente foram todos ilibados, e alguns acabaram por ocupar altos cargos em Portugal. Contrariamente a uma opinião muito difundida, Alorna não foi maçon. Apesar da sua boa relação com Gomes Freire, foi hostilizado pelos maçons devido aos seus pontos de vista realistas e aristocráticos ver Ângelo Pereira.
Casamento e descendência
Casou em Lisboa, na Encarnação, em 19 de fevereiro de 1782 com Henriqueta Julia Gabriela da Cunha 1787-1829, filha mais velha do 6º conde de São Vicente, Manuel José Carlos da Cunha e Tavora e de Luísa Caetana de Lorena.
1 - D. João de Almeida Portugal 15 de agosto de 1786-27 de setembro de 1805 de queda de cavalo. 6° conde de Assumar em vida por decreto de 15 de maio de 1805. Alferes da Legião de Armas Ligeiras Legião Alorna.
2 - D. Miguel de Almeida Portugal Lapa, Lisboa, 1797-1806, afogado num tanque do jardim do quartel-general do pai em Borba. 7° Conde de Assumar em vida por decreto de 24 de junho de 1806. Alferes da Legião de Armas Ligeiras Legião Alorna. Extinta nele a varonia dos Almeidas da casa d'Alorna, e passando o título para a linha colateral Mascarenhas, das casas da Fronteira, Torre e Coculim, hoje vigora o brasão d'armas destas antigas e muito nobres casas.
FONTE WIKIPÉDIA